Imagem - Nasa
Publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 26/11/2018
Sonda da Nasa deve pousar nesta segunda (26) em Marte
A expectativa é de que a sonda pouse na superfície do
planeta vermelho por volta das 18h, no horário de Brasília, desta segunda-feira
(26). A viagem durou quase sete meses.
Por G1
A Nasa está na contagem regressiva para o pouso em Marte,
nesta segunda-feira (26), da sonda Mars InSight, a primeira capaz de ouvir
terremotos e estudar o funcionamento interno de outro planeta rochoso.
A nave espacial não tripulada foi lançada há quase sete
meses e percorreu 482 milhões de km. É possível assistir à transmissão ao vivo
do pouso no site da Nasa (a partir das 17h do horário de Brasília).
Parte de sua missão é informar dos esforços para enviar
algum dia exploradores humanos ao planeta vermelho — algo que a Nasa espera
concretizar na década de 2030. A InSight não tem capacidade de detectar vida no
planeta — isso será deixado para os futuros robôs. A missão da agência em 2020,
por exemplo, irá coletar rochas que possam conter evidências da vida antiga.
Este pouso em Marte é o primeiro desde 2012, quando o
explorador Curiosity da Nasa pousou na superfície e analisou as rochas em busca
de sinais de vida que possa ter habitado o planeta vizinho da Terra, agora
gélido e seco.
A InSight, de 993 milhões de dólares, deve sobreviver à
difícil entrada na atmosfera do planeta vermelho, viajando a uma velocidade de
19.800 km/h e reduzindo rapidamente a velocidade a apenas 8 km/h.
"Nós estudamos Marte da órbita e da superfície desde
1965 — aprendendo sobre o tempo, atmosfera, geologia e química de
superfície", afirmou Lori Glaze, diretora em exercício da divisão de
ciência planetária da direção de missões científicas da Nasa. "Agora
iremos finalmente explorar dentro de Marte e aprofundar nosso entendimento do
nosso vizinho terrestre, enquanto a Nasa se prepara para enviar exploradores
humanos mais fundo dentro do sistema solar".
Missão da Nasa quer descobrir as características
do interior
do planeta vermelho — Foto: Roberta Jaworski/G1
A fase de entrada, descida e aterrissagem começará às 17h47
(horário de Brasília) de segunda-feira (26). Meio de brincadeira, na Nasa se
referem a essa etapa como os "seis minutos e meio de terror". A
expectativa de aterrissagem é para as 18h.
Na tarde de domingo (25), os engenheiros da agência
corrigiram a trajetória da sonda pela última vez, para guiá-la para dentro de
alguns quilômetros de seu ponto de entrada desejado sobre Marte. Cerca de duas
horas antes de entrar na atmosfera, a equipe de entrada, descida e aterrissagem
também pode atualizar alguns detalhes do algoritmo que guia a espaçonave em
segurança até a superfície, informou a agência espacial em seu site.
Esses serão os últimos comandos enviados à InSight antes que
ela se guie automaticamente, com a ajuda de robôs, pelo resto do caminho.
Nenhum experimento, até hoje, foi movido roboticamente de uma nave até a
superfície marciana.
"Levou mais de uma década para levar a InSight de um
conceito até uma nave espacial se aproximando de Marte — e ainda mais desde que
eu me inspirei a embarcar nesse tipo de missão", disse Bruce Banerdt, do
Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, em inglês) da Nasa e investigador
principal da InSight. "Mas, mesmo depois do pouso, nós precisaremos ser
pacientes até a ciência começar".
Banerdt acrescentou, ainda, que "aterrissar em Marte é
um dos trabalhos mais difíceis já feitos em exploração planetária. É uma coisa
tão difícil, tão perigosa, que sempre há uma possibilidade desconfortavelmente
grande de que algo pode dar errado", disse.
Deve levar de dois a três meses para que o braço robótico da
InSight coloque os instrumentos da missão na superfície. Durante esse tempo, os
engenheiros irão monitorar o ambiente e fotografar o terreno em frente à sonda.
No JPL, a equipe de operações de superfície irá praticar a
configuração dos instrumentos. Eles usarão uma réplica funcional do InSight em
uma "caixa de areia de Marte" coberta, que será esculpida para
coincidir com o local de pouso da missão em Marte. A equipe verificará se os
instrumentos podem ser implantados com segurança, mesmo se houver rochas
próximas ou áreas InSight em ângulo.
Uma vez que a posição final de cada instrumento esteja
decidida, levará várias semanas para levantar cada um com cuidado e calibrar
suas medições. Então a ciência estará realmente em andamento.
Pouso difícil
Das 43 missões lançadas a Marte, apenas 18 chegaram ao
planeta vermelho — uma taxa de sucesso de cerca de 40%. Segundo a agência de
notícias americanas Associated Press, os Estados Unidos já conseguiram
aterrissar no planeta sete vezes nas últimas quatro décadas. A InSight pode ser
a oitava vitória da Nasa.
"Ir a Marte é muito, muito difícil", disse Thomas
Zurbuchen, administrador associado da direção de missões científicas da Nasa.
"A parte emocionante é que estamos construindo sobre o
sucesso da melhor equipe que já aterrissou neste planeta, que é a equipe da
Nasa" e seus colaboradores.
O instrumento central da InSight é um sismômetro de detecção
de terremotos que foi feito pela Agência Espacial Francesa (CNES).
"Esta é a única missão da Nasa concebida em torno de um
instrumento de fabricação estrangeira", disse Jean-Yves Le Gall,
presidente da CNES, à agência de notícias francesa France Presse. Por isso,
acrescentou, "é uma missão fundamental para os Estados Unidos,
França", e para melhorar a compreensão de Marte.
Os seis sensores de terremoto a bordo são tão sensíveis que
deveriam revelar os menores tremores em Marte, como o fraco puxão de sua lua
Fobos, os impactos dos meteoros e possivelmente a evidência de atividade
vulcânica.
A nave também tem uma sonda que pode escavar uma
profundidade de três a cinco metros, para oferecer a primeira medição precisa
das temperaturas sob a terra em Marte e a quantidade de calor que escapa de seu
interior.
A sismologia ensinou à humanidade muito sobre a formação da
Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos, mas grande parte da evidência baseada
na Terra se perdeu com a reciclagem da crosta, impulsada pela tectônica de
placas. Este processo não existe em Marte. Com imagens em 3D, os cientistas
esperam revelar como as rochas do nosso próprio planeta se formaram, e por que
se tornaram tão diferentes.
O Planeta Vermelho costumava ter rios e lagos, mas, hoje, os
deltas (desembocaduras) e os leitos dos lagos estão secos e o planeta está
frio. Vênus é uma fornalha por causa de sua atmosfera espessa e aprisionadora
de calor. Mercúrio, mais próximo do sol, tem uma superfície terminantemente
assada.
O pouso da InSight será amortecido por um paraquedas. Seu
escudo térmico ajudará a desacelerar a nave e a protegê-la contra a fricção da
entrada na atmosfera de Marte. O local de pouso é uma área plana chamada
Elysium Planitia, que a Nasa apelidou de "o maior estacionamento em
Marte".
Como a Nasa vai saber que a InSight pousou?
A agência espacial explicou em seu site, no último dia 16,
como funciona o processo de saber que a InSight chegou a Marte — e ele pode não
ser tão instantâneo assim.
A equipe responsável pela InSight irá monitorar os sinais de
rádio da sonda de Marte usando uma variedade de espaçonaves — e até mesmo
radiotelescópios aqui na Terra -— para descobrir o que está acontecendo a 146
milhões de quilômetros de distância.
Como esses sinais são capturados por várias naves espaciais,
eles são retransmitidos para a Terra de maneiras diferentes e em momentos
diferentes. Isso significa que a equipe da missão pode saber imediatamente
quando o InSight toca, ou pode ter que esperar várias horas.
Radiotelescópios
À medida que o módulo InSight desce na atmosfera de Marte,
ele transmitirá sinais de rádio simples chamados "tons" de volta à
Terra. Os engenheiros estarão sintonizados em dois locais: um na Virgínia
Ocidental, nos EUA, e outro em Effelsberg, Alemanha.
Esses tons não revelam muita informação, mas os engenheiros
de rádio podem interpretá-los para rastrear os principais eventos durante a
entrada, descida e aterrissagem (EDL) da InSight. Por exemplo, quando o InSight
implanta seu pára-quedas, uma mudança na velocidade altera a frequência do
sinal. Isso é causado pelo que é chamado de efeito Doppler, que é a mesma coisa
que ocorre quando você ouve uma mudança de sirene quando uma ambulância passa.
Duas naves espaciais do tamanho de uma maleta estão voando
atrás do InSight e tentam retransmitir seus sinais para a Terra. Se funcionarem
como deveriam, o par transmitirá toda a história da entrada, descida e
aterrissagem conforme ela se desenrola. Isso pode incluir uma imagem da InSight
da superfície marciana logo depois que a sonda toca.
InSight
Depois que aterrissar, a InSight essencialmente gritará:
"Eu consegui!" Sete minutos depois, a espaçonave diz isso de novo —
mas um pouco mais alto e mais claro.
Na primeira vez, ele se comunicará com um sinal sonoro que
os radiotelescópios tentarão detectar. Na segunda vez, enviará um
"bipe" da sua antena de banda X mais potente, que agora deve ser
apontada para a Terra. Este bipe inclui um pouco mais de informação e só é
ouvido se a espaçonave estiver em um estado de funcionamento saudável. Se a
Deep Space Network da NASA captar esse bipe, é um bom sinal de que o InSight
sobreviveu ao pouso. Os engenheiros precisarão esperar até o início da noite
para descobrir se a sonda implantou com sucesso seus painéis solares.
Mars Reconnaissance Orbiter (MRO)
Além do MarCO CubeSats, o MRO da NASA estará sobrevoando
Marte, registrando os dados do InSight durante a descida.
A MRO manterá os dados que registra durante o processo de
aterrissagem à medida que desaparece no horizonte de Marte. Quando voltar do
outro lado, ele reproduzirá os dados para os engenheiros estudarem. Por volta
das 21h (horário de Brasília), eles devem ser capazes de juntar a gravação do
pouso da MRO, que é semelhante à caixa preta de um avião. Isso significa que
também pode ser importante se a InSight não conseguir pousar com sucesso.
2001 Mars Odyssey
A sonda de mais longa duração da NASA em Marte também
transmitirá dados após o InSight ter pousado. A Odyssey irá transmitir toda a
história da descida da InSight para Marte, bem como algumas imagens. Ele também
transmitirá a confirmação de que os painéis solares da InSight, que são vitais
para a sobrevivência da nave espacial, foram totalmente implementados. Os
engenheiros terão esses dados antes das 23h30 (horário de Brasília).
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Nova sonda em Marte vai fazer uma espécie de 'ultrassom' do
planeta
Por Cássio Barbosa, G1
Sonda Insight em
centro da Nasa (Foto: Cássio Barbosa/G1)
Os sete meses de espera finalmente estão chegado ao fim! No
final da tarde hoje a sonda Insight da agência espacial americana NASA vai
iniciar seus procedimentos para pousar em Marte e o leitor incauto pode se
perguntar: mas de novo?
Pois é, de novo Marte, mas desta vez a ideia é um pouco diferente.
Ao invés de observar as coisas acontecendo da superfície marciana para cima,
por assim dizer, a InSight vai “olhar” para dentro de Marte!
A NASA tem dito que esta será a primeira missão espacial a
fazer um verdadeiro checkup médico de um planeta, registrando pulsação,
temperatura e fazendo um ‘ultrassom’ planetário. A missão Insight visa obter
dados do interior de Marte para construir um cenário de como teria sido sua
evolução desde que o Sistema Solar foi formado. Essa missão em específico não tem
o propósito de procurar pistas sobre possíveis formas de vida, seja atualmente,
seja no passado.
O carro chefe da missão é um instrumento construído em
parceria com a França para medir abalos sísmicos em Marte. Trata-se de um
sismógrafo ultrassensível que pretende registrar os abalos provocados até pelo
choque de micrometeoritos com a superfície marciana. O objetivo de tomar dados
tão sensíveis assim é o de usar a propagação das ondas sísmicas através do
interior do planeta para se construir sua estrutura interna. Esse é o ultrassom
marciano que eu mencionei.
O procedimento é semelhante ao exame usual que volta e meia
precisamos fazer em uma clínica, mas neste caso são utilizadas ondas sonoras em
alta frequência. Como o corpo humano tem diversos órgãos com estruturas e
densidades diferentes, as ondas sonoras se propagam de maneira diferente ao
atravessar ou refletir quando encontra um tecido diferente. Com isso, é
possível processar os sinais que são refletidos (ou não) de maneiras diferentes
para reconstruir uma imagem da estrutura que provocou as diferenças entre o
sinal gerado e o recebido.
Em Marte serão usadas as ondas sísmicas provocadas por
movimentações de terreno. Não que se espere martemotos gerados por
deslocamentos de placas tectônicas, como ocorrem na Terra, mas por exemplo
desabamento de cavernas ou mesmo avalanches em encostas de desfiladeiros, como
já foi detectado. Aliás, não se espera tectonismo em Marte, mas se ocorrerem
movimentações de placas tectônicas, o SEIS (sigla em inglês para Experimento
Sísmico para Estrutura Interior) vai detectá-las. Outro “gerador” de ondas
sísmicas é a queda de meteoritos na superfície marciana. O choque do meteorito
com o solo gera perturbações que serão captadas à distância. O instrumento é
tão sensível que poderá captar até mesmo as perturbações geradas pelos
redemoinhos marcianos, os famosos ‘dust devils’.
Aliás, essa alta sensibilidade causou um problema no
desenvolvimento da missão. Durante um tempinho os técnicos que construíram os
sismógrafos ficavam encafifados que havia sempre um ruído de fundo durante os
testes. Eram injetados sinais sutis para se testar sua eficiência, mas ao
terminarem os testes, o instrumento continuava a registrar algum sinal. Levou
um tempo para que se descobrisse que o sinal vinha da movimentação de sinos de
uma torre na universidade, a uma distância de quase 500 metros!
Essa história me foi contata por Ivair Gontijo, engenheiro
brasileiro que trabalha no JPL da NASA na integração dos instrumentos do
próximo jipe marciano, o Mars 2020. Gontijo foi o responsável por projetar os
radares que controlaram o pouso do jipe Curiosity em 2012. Por ser tão sensível
é que o sismógrafo vai ser depositado gentilmente por um braço robótico ao lado
da sonda. Gontijo me explicou que os sismógrafos embarcados nas sondas Viking
na década de 1970, mais precisamente nas pernas da sonda, falharam em registrar
sismos porque os ventos marcianos faziam a estrutura toda oscilar e isso
mascarava qualquer sinal vindo do subsolo.
Essa é uma foto do módulo de engenharia da InSight que eu
tirei na sala limpa do JPL em Pasadena, Califórnia, durante uma visita em julho
deste ano. Esse módulo é uma réplica funcional da sonda que deverá pousar daqui
a pouco em Marte, apenas sem seus painéis solares. O propósito de se manter uma
réplica como essa é testar algum procedimento que seja necessário fazer em Marte.
Se a InSight tiver algum problema, uma solução será testada nesse módulo antes
de ser enviada a Marte. Logo depois de pousar, a sonda deverá enviar imagens da
região à sua volta para que sua cercania seja replicada no ‘Jardim Marciano’, o
campo de testes das sondas com destino a Marte, lá mesmo em Pasadena. O terreno
e a disposição das pedras serão usados para planejar a melhor maneira de
depositar o sismógrafo no solo.
Aliás o pouso da InSight também está sendo chamado de ‘6
minutos de terror’ (com a Curiosity foram 7). A massa destas sondas e suas
velocidades de entrada são muito grandes para que apenas um mecanismo de pouso
possa ser usado. Assim que a sonda inicia sua entrada, ela é freada pela
própria atmosfera com um escudo térmico para proteção. Quando a velocidade cai
o suficiente, um paraquedas gigantesco é ejetado. Só que a atmosfera marciana
representa algo como 1% da atmosfera terrestre e isso impede que a sonda reduza
a velocidade de queda para níveis adequados. Já próximo à superfície, a sonda
se livra do paraquedas e dispara retrofoguetes que finalmente vão desacelera-la
a níveis seguros para pousar.
Além do sismógrafo, a InSight carrega também um termômetro e
um sensor de posição. O termômetro não é um termômetro qualquer, mas na verdade
uma barra de aproximadamente 5 metros que será enterrada no solo marciano.
Marte já foi escavado em outras expedições, mas nada além de uns poucos
centímetros, dessa vez o buraco é mais embaixo, literalmente. O objetivo deste
instrumento é ver como é a transmissão e dissipação do calor no subsolo e com
isso ter uma ideia de como Marte foi se esfriando ao longo de bilhões de anos
de existência.
Já o sensor de posição vai permitir, usar as transmissões
dos satélites em órbita de Marte para triangular a posição da sonda com
altíssima precisão. O objetivo é medir variações sutis de sua posição em 3
dimensões para registrar o movimento de “bamboleio” que ele executa junto com
sua revolução (no meu tempo chamada de translação) e rotação. E o interesse em
se ter essa medida com precisão muito alta é determinar a natureza do interior
de Marte. Se o interior de Marte tiver um núcleo líquido, os bamboleios serão
diferentes, assim como a propagação das ondas sísmicas. E se tiver mesmo, qual
a extensão dele? Qual o tamanho desse núcleo em relação ao resto? Você pode ver
um infográfico muito legal nesta reportagem aqui.
Se tudo der certo, a Insight deve pousar às 17:54 (horário
de Brasília) e seu primeiro sinal de vida deverá ser emitido às 18:01. Vai
levar pelo menos 8 minutos para esse sinal chegar à Terra e só aí saberemos se
de fato ela está viva. Logo em seguida ao pouso a sonda deverá abrir seus
painéis solares, mas essa informação só poderá ser confirmada de fato às 23:35,
quando a sonda Mars Odyssey sobrevoar a área do pouso. É possível que a
primeira imagem da InSight em solo só chegue amanhã.
Mas também é possível que algumas imagens da sonda entrando
na atmosfera de Marte sejam enviadas quase em tempo real (descontados os 8
minutos de distância). É que a sonda está sendo seguida por dois cubesats do
tamanho de uma valise de mão. Os dois cubesats vão fotografar essa etapa da
missão e vão enviar as imagens de volta para a Terra.
Apesar do grande sucesso da NASA em conseguir pousar suas
sondas nos tempos recentes, é bom lembrar que o índice de sucesso, quando
falamos do planeta vermelho, é da ordem de 40%. Por isso, toda torcida é
bem-vinda!
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Publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 26/11/2018
Sonda da Nasa pousa em Marte após sete meses de viagem
Sonda da Nasa pousa em Marte após sete meses de viagem
Esta é a oitava vez que a Nasa consegue pousar uma sonda no
planeta.
Por G1
Cientistas da Nasa
comemoram pouso de sonda em Marte
Foto: Nasa
A sonda Mars InSight, da Nasa, pousou em Marte nesta
segunda-feira (26) após sete meses de viagem. A sonda é a primeira capaz de
captar terremotos e estudar o funcionamento interno do planeta. Esta é a oitava
vez que a Nasa consegue fazer um pouso em Marte.
Nova sonda em Marte vai fazer uma espécie de 'ultrassom' do
planeta; entenda
Minutos após o pouso, a sonda conseguiu enviar uma imagem do
local em que mostra o horizonte e algumas manchas de poeira na lente.
Primeira imagem enviada pela sonda Insight de Marte
Foto:
Nasa/via AP
A nave espacial não tripulada foi lançada há quase sete
meses e percorreu 482 milhões de km. Parte de sua missão é informar dos
esforços para enviar algum dia exploradores humanos ao planeta vermelho — algo
que a Nasa espera concretizar na década de 2030.
A InSight não tem capacidade de detectar vida no planeta —
isso será deixado para os futuros robôs. A missão da agência em 2020, por
exemplo, irá coletar rochas que possam conter evidências da vida antiga.
Este pouso em Marte é o primeiro desde 2012, quando o
explorador Curiosity da Nasa pousou na superfície e analisou as rochas em busca
de sinais de vida que possa ter habitado o planeta vizinho da Terra, agora
gélido e seco.
NASA pousa em Marte primeira sonda a explorar as profundezas
do planeta
A InSight, de 993 milhões de dólares, sobreviveu à difícil
entrada na atmosfera do planeta vermelho, viajando a uma velocidade de 19.800
km/h e reduzindo rapidamente a velocidade a apenas 8 km/h.
"Nós estudamos Marte da órbita e da superfície desde
1965 — aprendendo sobre o tempo, atmosfera, geologia e química de
superfície", afirmou Lori Glaze, diretora em exercício da divisão de
ciência planetária da direção de missões científicas da Nasa.
"Agora iremos finalmente explorar dentro de Marte e
aprofundar nosso entendimento do nosso vizinho terrestre, enquanto a Nasa se
prepara para enviar exploradores humanos mais fundo dentro do sistema
solar".
Textos e imagens (das três postagens) reproduzidos do site: g1.globo.com/ciencia
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