Representação gráfica da galáxia MACS1149-JD1.
Gás na galáxia é soprado pelo vento estelar
Foto: Alma (ESO/NAOJ/NRAO)
Publicado originalmente no site G1, em 16/05/2018
Astrônomos encontram oxigênio em galáxia a mais de 13
bilhões de anos-luz da Terra
Achado foi registrado com o supertelescópio ALMA e publicado
na revista 'Nature' desta quarta-feira (16). Trata-se do registro mais distante
do gás no Universo.
Por G1
Cientistas encontraram sinal de oxigênio em galáxia
localizada a 13.28 bilhões de anos-luz de distância da Terra, demonstra estudo
publicado nesta quarta-feira (16) na "Nature". O registro foi feito
pelo supertelescópio ALMA (Atacama Large Milimeter Array) e é o ponto mais
distante do Universo em que o gás foi registrado.
O ano-luz é uma medida de distância utilizada em astronomia
e indica o caminho percorrido pela luz no vácuo no período de um ano. Para se
ter uma ideia da distância do ponto de oxigênio encontrado, o Sol está a 8
minutos-luz do nosso planeta.
O feito foi alcançado por uma equipe internacional de
astrônomos, coordenada por Takuya Hashimoto, pesquisador no Observatório
Astronômico Nacional do Japão.
A galáxia tem o nome de de MACS1149-JD1 e, para identificar
o gás, os cientistas primeiro verificaram a presença de uma luz infravermelha
emitida pelo oxigênio.
"Eu fiquei tão animado que eu sonhei com o sinal de
oxigênio e tive dificuldade de dormir à noite", diz Hashimoto, em nota.
O cientista descreve que o sinal infravermelho percorreu
13,28 bilhões de anos-luz; e, por isso, trata-se do oxigênio mais antigo já
detectado por qualquer telescópio.
Para chegar a essa distância, os cientistas mediram o
comprimento de onda do sinal infravermelho.
Oxigênio e estrelas
Segundo os cientistas, por um certo período após o Big Bang,
não havia oxigênio no Universo. O oxigênio foi criado nas estrelas e liberado
quando morreram. Por isso, a detecção de oxigênio em MACS1149-JD1 indica que
gerações anteriores de estrelas expeliram o gás.
A partir disso, os astrônomos também identificaram que as
estrelas mais antigas da galáxia existiram há cerca de 250 milhões de anos.
Não é a primeira vez que o ALMA registra o oxigênio mais
distante. Em 2016, cientistas encontraram oxigênio em galáxia a 13.1 bilhões de
anos-luz.
"Com a descoberta, nós também encontramos a fase mais
antíga de formação de estrelas de que se tem registro", disse Hashimoto,
do Observatório Astronômico Nacional do Japão, em nota.
Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com
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